Após 5 anos de resgate, a história do congado de Divinésia é publicada.


  Entenda esta história que já completa 5 anos de resgate.

Fundadores Maria Anselma e Leonidio.

Divinésia, 7 de outubro de 2017


E com Alegria que publicamos pela primeira vez um pouco de nossa historia a todos os amigos e filhos de Maria.  Uma família que se mantem com doações e orações de todos.
O congado de Divinésia, existia a muitos anos, e com o passar do tempo os antigos foram morrendo e perdendo a tradição. Durante toda caminhada do congado, os mais antigos ensinam os mais velhos. Entenda como surgiu esta tradição. 

Em 1674, a coroação dos reis do Congo já era realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Recife, na então Capitania de Pernambuco. Em certas ocasiões a festa alcançava esplendor pelo empréstimo de joias e adereços, cedidos pelas senhoras e senhores do engenho. Reunidos, os escravos e mestiços iam buscar o régio casal, levando-os à igreja onde eram coroados pelo vigário.
O cortejo executava coreografias, jogos de agilidade e de simulação guerreira, como a dança de espadas. Depois da coroação havia uma festa com baile, comidas e bebidas. As Irmandades de Nossa Senhora do Rosário ajudavam em todo o processo. Por vezes a imagem da santa era pintada de preto.
O congado é um festejo popular religioso afro-brasileiro mesclado com elementos religiosos católicos, com um tipo de dança dramática celebrando a coroação do rei do Congo, em cortejo com passos e cantos, onde a música é o fundo musical da celebração. É um movimento cultural sincrético, um ritual que envolve danças, cantos, levantamentos de mastros, coroações e cavalgadas, expressos na festa do Rosário plenamente no mês de outubro. São utilizados instrumentos musicais como cuíca, caixa, pandeiro e reco-reco, os congadeiros vão atrás da cavalgada que segue com uma bandeira de Nossa Senhora do Rosário.
Na celebração de festas aos santos, onde a aclamação é animada através de danças, com muito batuque de zabumba, há uma hierarquia, onde se destacam o rei, a rainha, os generais, capitães etc. São divididos em turmas de números variáveis, chamados ternos ou guardas. Os tipos de ternos variam de acordo com sua função ritual na festa e no cortejo: moçambiques, catupés, marujos, congos, vilões, contra-danças, ternos femininos e outros.

O congado que tínhamos antigo acaba, e o padre de Divinésia e a Maria Ancelma resgatam esta cultura, que esta sendo transmitida dos mais velhos aos mais novos. 
Em Divinésia, o congo como é chamado, é composto pelo Capitão Ze Carlos, Sub Capitão Kayco, Corta ventos que conduzem, e membros entre eles crianças, homens e mulheres que danças e tocam. 
Em 2015, foi um ano muito difícil para os congados, onde o preconceito era muito forte, alem das dificuldades. Em 2016 foi o ano que o congado participou andou pelas 12 comunidades da paroquia, por mais de 5 cidades da região e teve um aumento de componentes. 
Hoje no ano de 2017, novamente o congado vem enfrentando diversos problemas internos e também com a população. Hoje o congado vem se reerguendo com o apoio da secretaria de cultura da cidade e principalmente pelas orações de todo povo de Divinésia. 
Vamos em breve trazer mais de nossa história. Mas convidamos para nossas comemorações que acontecerão neste sábado. 




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